No objeto de análise do presente trabalho – duas obras de diferentes gêneros produzidas por mulheres rotuladas socialmente como loucas: Hospício é Deus (1965), de Maura Lopes Cançado, e Reino dos bichos e dos animais é o meu nome (2001), de Stela do Patrocínio – abalam-se as fronteiras entre loucura e razão, linguagem literária e loucura como linguagem. Nesses textos, emerge a voz socialmente interrompida e esvaziada da mulher louca que busca, pela palavra, uma compreensão de sua experiência trágica ou apenas um canal de comunicação com o Outro.
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