A produção poética nacional respondeu de modo rarefeito, a partir da década de 1970, aos desafios e oportunidades que a cultura e a nova ordem sociopolítica apresentavam. Desafios eoportunidades advindos, por exemplo, pela Guerra Fria, lutas raciais; sentidos de Terceiro Mundo, sociedade de informação, ditaduras, globalização. Nesse contexto nacional-mundial –império do caos ideológico – essa produção de fatos e sujeitos propõe reescrever a linguagem poética contemporânea como ex-centro de preocupações éticas delimitadas por projetos estéticos. Sob tal composto ético-estético, neo-romanticamente ressaltam divergências sensíveis, frente ao cânone literário nacional, quanto a entender as fronteiras entre poesia e não-poesia, arte funcional, utilitarista e arte engajada. Ressalta, ainda, a bem-humorada e irônica, ainda que simples, denúncia dos “novos tempos” e do que o poeta propunha como busca de uma comunicação mais integrada, criativa e provocativa com as pessoas e com a arte.
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