A partir das obras Inspiração nordestina (1956), de Patativa do Assaré, e Quarto de despejo (1960), de Carolina Maria de Jesus, busca-se investigar os mecanismos de legitimação e deslegitimação que são empregados no jogo de quem pode e quem não pode falar no campo literário brasileiro. O artigo procura, nesse sentido, levantar uma agenda crítica inicial em relação ao caráter e à natureza de literaturas que são denominadas como popular, ou com caráter de testemunho, em virtude da origem e/ou da condição social de seus autores e os desafios que encontram em sua insurgência no campo literário.
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