O romance O leitor, de Bernhard Schlink, foi um best seller excepcional da literatura alemã contemporânea. Depois recebeu muitas críticas por representar a história do holocausto de forma distorcida. O artigo defende que o tema central do livro não é o holocausto, mas a relação entre a geração dos pais nazistas e seus filhos. Até a publicação de O leitor, a atitude dominante frente à geração da guerra não era de compreensão, mas de censura. O romance constrói um enredo no qual o amor do protagonista proíbe esse comportamento e estabelece um processo que permite uma compreensão do perpetrador que não implica o perdão dos seus atos. Essa revisão se fez necessária para incluir a geração dos culpados na identidade coletiva alemã e, dessa forma, realmente assumir a responsabilidade histórica.
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