No fim da década de 1990, o mundo assistiu a um boom do romance policial, que atingiu inclusive o mercado brasileiro. Mas o gênero chega repaginado. Não que os elementos da trama dedutiva ou do noir tenham desaparecido nas narrativas atuais, mas o romance policial se aprofunda cada vez mais nos problemas da sociedade contemporânea, como a solidão dos habitantes das grandes cidades. A partir da análise da obra de Luiz Alfredo Garcia-Roza, que traz o delegado Espinosa como protagonista, este artigo pretende discutir as novas possibilidades do gênero. Observando o dia-a-dia de Espinosa, seus relacionamentos afetivos, sua rotina no trabalho, a forma como se locomove pelos seus espaços é possível refletir sobre os modos como a literatura se debruça sobre a vida urbana contemporânea.
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