Aventurar-se no pensamento em filosofia não depende, a princípio, do uso necessário dos arsenais da razão. Antes, seria necessário lançar-se em seus domínios e ficar à espreita dos seus acontecimentos. Somente quando esses ocorrerem teremos como distinguir os que coincidem enormemente com o que já fazemos e pensamos, e os que trazem o novo. Talvez aí, de fato, algum empenho tenha sentido. Assim, ao me deparar com os escritos da filosofia da diferença, de maneira especial com os de Deleuze, Guattari e Foucault, foi possível deslocar a minha prática docente em filosofia dos moldes da filosofia maior e vislumbrar a filosofia em sua menoridade. Aliás, pelo inusitado dos acontecimentos que atravessam nossas salas de aula, penso que seja possível sugerir aos alunos que inventem suas próprias regras de fazer filosofia, segundo uma nova maneira de confecção, um novo estilo que lhes seja próprio, ou seja, que tomem os autores da história do pensamento como matéria de entretimento, por meio de novas composições que não aquelas que os textos filosóficos já oferecem; que selecionem autores que endossam aquilo em que pensam, fazendo uso intensivo deles; que traiam os autores, respeitando-os o máximo, sem reproduzi-los.
Venturing into the thinking not only depend on efforts, it is necessary to throw in their fields and to pay attention to their events. Only when these events occur will be possible to distinguish between what has been done and what is new. Maybe, then, some effort has meaning. Thus, reading the writings of philosophy of difference, in particular of Deleuze, Guattari and Foucault, it was possible to move my practice from major philosophy to the philosophy in its minority. Encouraged by this movement, I believe it is possible to suggest that students invent their own rules of doing philosophy, according to a new way of production, a new style, that they choose; take the authors of the history of thought like entertainment matter, through new compositions other than those already offered; select authors who endorse what they believe and make intensive use of them; betray the authors, respect them, but do not duplicate them.
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