A ligação dual que se impõe entre a morte e a sobrevivência, personificada através de mitos, ainda na contemporaneidade, é o foco desta análise da obra Dois rios (2011), da escritora brasileira Tatiana Salem Levy. A narrativa utiliza-se da expectativa de um triângulo amoroso para romper a pulsão de morte estabelecida na relação incestuosa entre dois irmãos gêmeos. Numa relação pautada pela partida e pela espera, num paradigma entre libertação e morte, o ato de viajar se impõe como alternativa de fuga de si e também como possibilidade de reconstrução de si, embora qualquer um dos caminhos, aqui, possa se converter no seu exato oposto.
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