Carla Gonçalves Aguiar, Linda Márcia Freitas Câmara, Jucimere Fagundes Durães Rocha, Jair Almeida Carneiro, Fernanda Marques da Costa
O estudo objetivou identificar os determinantes sociais, culturais e institucionais que interferem no acesso do homem aos serviços de atenção primária à saúde. Trata-se de um estudo descritivo de abordagem qualitativa. A coleta de dados foi realizada por meio da entrevista semi-estruturada, no período de maio a junho de 2013 na Estratégia de Saúde da Família de Montes Claros-MG. Os sujeitos do estudo foram dez homens que nunca procuraram os serviços da atenção primária. A análise dos dados foi baseada na técnica de análise do discurso. Os resultados encontrados demonstraram que as dificuldades vivenciadas pelos homens para a ausência ou baixa procura pelos serviços da atenção primária estão subdivididas em duas categorias: barreiras socioculturais e institucionais. Dentre as barreiras socioculturais destacam-se à construção da identidade de gênero, o entendimento sobre saúde, a crença inadequada sobre os serviços disponibilizados de saúde e a vergonha de expor o corpo a terceiros. Já as barreiras institucionais estão associadas à demora no atendimento, a horários inadequados e à inexistência de programas específicos para população masculina. Este estudo reforça a necessidade de se trabalhar a inserção do homem nas atividades da atenção primária a saúde.
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