A Reserva Extrativista Marinha é um território de conservação brasileiro que objetiva democratizar o acesso aos recursos naturais, via gestão participativa. Considerar as representações sociais dos usuários e moradores em relação à nova instituição é passo crucial para a formulação de projetos sólidos de uso e de valorização dos recursos naturais. Na Reserva Caeté-Taperaçu, no litoral amazônico, 262 moradores e usuários foram entrevistados sobre suas expectativas, visões sobre a ação governamental, vida e trabalho no lugar e potencial para ação coletiva. As expectativas são altas e eles estão motivados a mudar práticas não sustentáveis. Malgrado tais disposições, a construção social do território é complexa, envolvendo processos de deliberação que se opõem ao contexto histórico de relações hierárquicas entre Estado e sociedade.
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