O texto tem como objetivo apresentar a compreensão de história de Emanuel Levinas. Inicialmente, tenta situar a percepção levinasiana dos fatos mais significativos ocorridos na história do século XX. Em seguida tenta apresentar as raízes motivadoras e legitimadoras das famigeradas ocorrências. O autor apontou a estrutura do modelo de racionalidade implementada no Ocidente, incapaz de expressar o vigor inovador da alteridade. Afirma que o outro foi o grande negado na história do Ocidente. A negação efetivou-se pela prioridade conferida ao primado ontológico e pelo modo como foi realizada dita prioridade. Um ímpeto de dizer de modo profundo a essência do ser moveu o pensar que veio dos gregos e se faz atual na história. Finalmente, tenta mostrar que a postura da razão frente aos acontecimentos que ela justificou ou se omitiu de explicitá-los, devem ser julgados pelo que eles representam do vigor do mal na história. Pensar o tempo para além da consciência do tempo; comprometer-se com o outro até assumir responsabilidade por ele, esquecidos do passado, do presente e do futuro, eis o que Levinas propôs como a experiência do tempo dos outros e o dizer da história.
© 2001-2025 Fundación Dialnet · Todos los derechos reservados