Brasil
Ao proporem princípios teóricos que considerassem o mundo humano como expressões espirituais e materiais localizadas numa época histórica e num mundo experimentado entre sentimentos, habilidades técnico-manuais e significações, as teorias culturais, sociais, psicológicas, filosóficas e humanas procuraram aprimorar o ponto de vista interpretativo e compreensivo como paradigma de um novo horizonte de Ciência. Essa dimensão compreensiva de cultura não levou a um relativismo ou ceticismo epistemológico, mas graduou o cognitivismo teórico aplicado aos estudos humanos à virtude de superar a antropologia metafísica ou transcendental no qual o ser humano era pensando como uma unidade radicalmente elementar e pré-estruturada independente do contexto de sua vivencialidade – por subordinação aos imperativos das ciências naturais. Este texto procura discutir dimensões prolegômenas aos estudos políticos, que induz à ideia de que a articulação linguística é a mais elementar ação humana posto que a sociedade não nasce de disposições imediatamente instintivo-individual, mas da articulação de ações interditadas, instrumentais e intercompreensivas. O texto está dividido em três partes panorâmicas e teoricamente experimentais. Na primeira, a discussão está entorno da percepção de que o ser humano e sua identidade coletiva é uma construção cultural. No segundo, a investigação busca esclarecer que as culturas são pontos de partidas das dinâmicas de vivencia e sociabilidade, mas nunca seu ponto final. Na última parte, faz-se uma exposição sobre a dinâmica dialética da sociabilidade jurídica e democrática em profundo respeito às diversidades culturais e à solidariedade republicana. [doi:http://dx.doi.org/10.7443/problemata.v5i2.21339]
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