O presente artigo estabelece um diálogo crítico entre a obra Casa-Grande e Senzala, de Gilberto Freyre, e a teoria feminista do patriarcado, com o objetivo de apreender a constituição desse sistema, suas bases de sustentação e sua atualização na sociedade brasileira. Em concordância com Heleith Saffioti, conclui-se que como ferramenta analítica e histórica, o patriarcado é uma categoria indispensável para enfatizar e explicar as desigualdades de gênero e como sistema, é estruturante da opressão e dominação da mulher, em reforço mútuo com o capitalismo, exigindo para sua superação transformações radicais para eliminar as desigualdades.
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