O trabalho analisa as contradições existentes no processo de cooperação na produção, orientado pela perspectiva da cooperação agrícola, desenvolvido pelos trabalhadores vinculados ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra - MST no Ceará. Isso a fim de investigar os reflexos desse processo na construção de experiências que apontem concretamente para uma nova hegemonia de classe. Para tanto, a pesquisa priorizou a realidade do estado do Ceará, demandado a observação de campo em assentamentos rurais com experiências no âmbito da cooperação agrícola, análise documental e realização de entrevistas semiestruturadas aos dirigentes do Movimento, especialmente aqueles vinculados ao Setor de Produção. Assim, a reflexão sobre os determinantes e as mediações que circunscrevem os processos de cooperação nos marcos do capitalismo nos possibilitou compreender a coexistência desigual do agronegócio e da agricultura familiar como fruto do antagonismo entre capital e trabalho.
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