Joaquim António de Sousa Pintassilgo, Maria João Mogarro
Este artículo se propone trazar para el caso portugués un breve esbozo de la trayectoria histórica de las escuelas de formación de profesorado para la tradicionalmente denominada enseñanza primaria a partir del momento en que iniciaron su funcionamiento regular en la segunda mitad del siglo xix. Concebidas inicialmente como Escuelas Normales Primarias, estas instituciones pasaron, en 1930, a denominarse Escuelas de Magisterio Primario. Fueron suprimidas, ya en plena democracia, en la segunda mitad de los años ochenta, y su lugar fue ocupado por las actuales Escuelas Superiores de Educación. Procuraremos articular esta evolución como un conjunto de reflexiones sobre las representaciones entonces difundidas, en particular en los contextos de formación y presentes en los respectivos manuales, acerca de los roles sociales que debían ser desempeñados por los profesores de enseñanza primaria, los valores inherentes al ejercicio profesional, las opciones pedagógicas consideradas legítimas y las prácticas educativas sugeridas como ejemplares. Analizaremos, en particular, la importancia que las concepciones de la Escuela Nueva tuvieron en la construcción de referencias identitarias durante el periodo republicano y la apropiación que de ellas se hizo por la pedagogía conservadora que circuló en el Estado Novo. Tenemos en cuenta, igualmente, el proceso de feminización que marca la evolución temporal de este sector del profesorado. Esbozaremos finalmente un modelo de análisis de las instituciones de formación, teniendo como referencia el caso portugués.
This article provides a brief outline of the teacher training schools in Portugal for what was traditionally known as primary education, starting in the second half of the nineteenth century, when such schools began functioning regularly. Initially know as Primary Normal Schools, these institutions were renamed in 1930 to Primary Teaching Schools. In the second half of the 1980s, under full democracy, they were phased out, their place being taken by the Higher Schools of Education. In this article we seek to chronicle their evolution with a set of reflections on the ideals professed in their day, which are to be found primarily in training contexts and in textbooks. These principles deal mainly with such issues as the social roles to be played by the primary school teachers, the values inherent to the profession, pedagogical options considered to be legitimate and educational practices thought to be exemplary. We will analyse in particular the importance that the conceptions of the New School had in the construction of identity references during the republican period and their appropriation by the conservative pedagogy that circulated in the New State. We will also take into account the process of feminization, which left its own mark on the development of this teaching sector. Finally, we will outline a model of analysis for training institutions, using as our reference the case of Portugal.
Este artigo propõe-se traçar, para o caso português, um breve esboço do percurso histórico das escolas de formação de professores para o tradicionalmente designado ensino primário a partir do momento em que iniciaram o seu funcionamento regular na segunda metade do século xix. Inicialmente conhecidas por Escolas Normais Primárias, estas instituições passaram, em 1930, a denominar-se Escolas do Magistério Primário. Vieram a ser extintas, já em plena democracia, na segunda metade dos anos 80, vindo o lugar até aí por elas ocupado a ser preenchido pelas atuais Escolas Superiores de Educação. Procuraremos articular esse percurso com um conjunto de reflexões sobre as representações então difundidas, em particular nos contextos de formação e presentes nos respetivos manuais, acerca dos papéis sociais a serem desempenhados pelos professores de ensino primário, valores inerentes ao exercício profissional, opções pedagógicas consideradas legítimas e práticas educativas sugeridas como exemplares. Analisaremos, em particular, a importância que as conceções da Escola Nova tiveram na construção de referências identitárias durante o período republicano e a apropriação que delas foi feita pela pedagogia conservadora que circulou no Estado Novo. Teremos em conta, igualmente, o processo de feminização que marca o percurso temporal deste sector do professorado. Esboçaremos, finalmente, um modelo de análise das instituições de formação, tendo como referência o caso português.
© 2001-2025 Fundación Dialnet · Todos los derechos reservados