Brasil
A leucemia linfóide aguda (LLA) é uma neoplasia hematológica heterogênea, caracterizada por uma disfunção das células tronco da medula óssea, que leva a uma proliferação clonal desordenada das células precursoras de origem linfóide. Ocorre principalmente na infância em crianças entre 2 e 5 anos de idade. Embora a causa da LLA seja desconhecida, é improvável que a transformação leucêmica seja resultante de um fato isolado, mas sim do acúmulo de múltiplos processos envolvendo interações complexas quanto à susceptibilidade do hospedeiro. Apesar de apresentar um alto percentual de cura, trata-se de uma doença rapidamente progressiva, que carece de urgência no tratamento para um melhor prognóstico e sobrevida dos pacientes, deve-se sempre obter um diagnostico precoce e diferencial, que deve conter características específicas da LLA, podendo assim, distingui-la das demais patologias que contém os sinais e sintomas compatíveis com os da LLA, como a mononucleose infecciosa e anemia aplásica. Isso só é possível com uma investigação clínica e laboratorial adequada, e com exames específicos, tais como, mielograma, imunofenotipagem, exames citoquímicos e citogenéticos. Estes exames permitem a classificação morfológica da LLA, além de diferenciar os diversos estágios de maturação das células e as anormalidades cromossômicas, possibilitando assim a qualificação dos pacientes em diferentes grupos de risco, sendo fundamental para determinar o tratamento adequado para cada caso. A demora do diagnóstico acarreta atraso no tratamento, o que diminui significantemente a sobrevida e/ou cura dos pacientes infanto-juvenis. Por este e outros pontos, o diagnostico diferencial tem seu lugar de destaque no prognostico da LLA.
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