A narração autodiegética de Alexis, em Le chercheur d’or (1985), configuras e como um exemplo interessante e peculiar nos estudos acerca do papel da memória na literatura. Ao mostrar-se como uma narrativa que conta a história de um exilado na busca pelo “ouro” e as intempéries pelas quais passou em sua trajetória, o romance enfatiza a memória do protagonista sobre acontecimentos sociais e históricos, como o processo de urbanização acelerado, as consequências do sistema capitalista e a Primeira Guerra Mundial. Assim, percebe-se quais são as referências familiares e topográficas que estimulam a memória de Alexis e como isso se torna parte de sua identidade. Além disso, pontua-se a possibilidade de uma interferência proposital da memória do escritor Jean-Marie Gustave Le Clézio, já que ele usa fatos de sua vida para inspirar-se na escritura da obra.Palavras-chave: lugares de memória; memória coletiva; identidade; narrativa contemporânea.
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