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Resumen de O caso do teatro inexistente, ou do teatro como imagem de nós

José Alberto Ferreira

  • English

    When we analyse the important body of work of texts written on Portuguese theatre of the 19th and 20th centuries, from Almeida Garrett to Eça de Queirós and Ramalho Ortigão, Fialho de Almeida or Raúl Brandão among others, we find ourselves in a paradoxical situation. On one hand, as is well known, the 19th century witnessed the affirmation of theatre as the privileged vehicule of national identity, in line with Schiller´s aesthetic theories, which were widely promoted in the context of romantic doctrine. At the same time as we observe the continued establishment of theatre life and the increase in the number of venues in Lisbon and throughout the country, we witness the formation of an imageme around which ideas on the history and the protagonists of our theatre cristalize. In this essay, we will gather facts to (re)think this problem.

  • português

    Quando analisamos o significativo conjunto de textos que sobre o teatro português se escreveram, entre o século xix e xx, de Almeida Garrett a Eça de Queiroz e Ramalho Ortigão, Fialho de Almeida ou Raúl Brandão, por exemplo, deparamos com uma situação paradoxal.

    Por um lado, como se sabe, o século xix é o século da afirmação do teatro enquanto veículo identitário privilegiado das nações, na esteira das teorias estéticas de Schiller, largamente difundida no contexto doutrinário do romantismo. Ao mesmo tempo que verificamos a estabilização da vida teatral e o aumento tendencial das casas de espectáculos em Lisboa e por todo o país, assitimos à formação de um imagema em torno do qual se cristalizam ideias sobre a história e os protagonistas do nosso teatro. Com este ensaio, procuro reunir dados para (re)pensar o problema.


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