Nos estudos camonianos da primeira metade do séc. XX, Fidelino de Figueiredo singularizou-se por apresentar uma proposta teórica questionadora da herança romântico- -positivista. Em matéria de compreensão da génese da epopeia camononiana, propôs uma tese interpretativa, de amplos horizontes histórico-culturais, superadora de concepções e métodos críticos anteriores: Luís de Camões é, n'Os Lusíadas, o intérprete de uma ambiência mítica e heróica, de gestação colectiva, que o precede; a epopeia é, croceanamente, expressão ímpar de uma genial e sintética intuição.
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