When we study the theatrical production by Qorpo-Santo, we access a disturbing universe, less by the eccentric figure that the playwright was than by his contesting plays. Because he was aware about the functioning of 19th Century society, Qorpo-Santo, besides having a very peculiar biography, has devoted almost his entire theatrical production to the criticism of a disciplinary system that proposed the rummage of the individuais through power and surveillance.
Accordingly, we think it is relevant to concatenate the reading of some of his plays with the debate, by French philosopher Michel Foucault, about "the order of discourse" in Western society in combination to the ways of establishment and maintenance of power by social insritutions, real "disciplinary apparatuses". That can be justified by the own discursive tone of the qorposantenses characters: they all reveal a discontent before an impositive system of moraliry, hierarchy and social control. ln order to do that, this article contemplates the following plays: "Hoje sou um," amanhã sou outro" (1866), "As Relações Naturais" (1866), e "Lanterna de Fogo" (1866).
Ao estudar a produção teatral de Qorpo-Santo, tem-se acesso a um universo perturbador, menos pela figura excêntrica que foi o dramaturgo do que por suas peças de cunho contestador. Consciente do funcionamento da sociedade do século XIX, Qorpo-Santo, além de possuir uma biografia bem peculiar, dedicou quase que a totalidade de sua produção teatral à crítica de um sistema disciplinar que propunha o esquadrinhamento dos indivíduos por meio do poder e da vigilância. Nesse sentido, pensamos ser pertinente concatenar à leitura de algumas peças o debate do filosofo francês - Michel Foucault - acerca da "ordem do discurso" na sociedade ocidental combinada às formas de estabelecimento e manutenção do poder pelas instituições sociais, verdadeiros "aparelhos disciplinares". Isto se justifica pelo proprio tom discursivo das personagens qorpo-santenses: todas revelam um descontentamento diante de um sistema impositivo de moralidade, de hierarquia e controle social. Para tal, seráo analisadas, neste artigo, as peças: "Hoje sou um," amanhã sou outro" (1866), "As Relações Naturais" (1866) e "Lanterna de Fogo" (1866).
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