Este artigo tem como objetivo analisar as bases evolutivas do vicio humano em substancias psicoativas. Para tanto, trabalhamos com duas hipóteses dicotômicas mais recorrentes na literatura de psicologia evolucionista. A primeira é de que a seleção natural estruturou em nossa mente mecanismos de prazer que estão ligados a manutenção da vida e ao sucesso reprodutivo, e nesse sentido as drogas são uma espécie de atalho dentro desses mecanismos, que os coopta por assim dizer. A dependência, nesse contexto, estaria ligada ao descompasso químico em nosso cérebro causado por um desgaste A outra hipótese é de que as drogas psicoativas foram importantes para a manutenção da vida de nossos ancestrais em períodos difíceis e de muitas incertezas. Então, se considerarmos o seu fator viciante, ele seria uma consequência adaptativa do uso comum das drogas no passado. Nossos resultados mostram que, mesmo não sendo possível por ora definir qual das hipóteses é mais aderente, ambas mostram que os humanos são altamente susceptíveis á vícios.
© 2001-2025 Fundación Dialnet · Todos los derechos reservados