O presente artigo propõe uma análise midiática dos textos e contextos inseri- dos na performance de Conchita Wurst no Festival Eurovision 2014. A partir da teoria da mídia de Harry Pross, proposta por Baitello (2010), o objetivo principal é refletir sobre os elementos, fundados nas relações de gênero, que compõem a construção midiática da performance de Conchita. Com base em uma análise audiovisual de vídeos sobre a performance de Conchita, que con- siderou as corporalidades, os suportes e os aparatos tecnológicos de trans- missão de conteúdos, constatamos que, uma vez que ressignifica o feminino e o masculino, as mídias envolvidas em sua performance passam a questionar profundamente a ideologia dominante em relação às identidades de gênero, tornando-se, em sua ambiguidade, um discurso político da diferença. Além disso, a performance de Conchita Wurst evidencia que a transgeneridade é capaz de se inserir tanto nos meios de comunicação tradicionais, como a televisão, quanto nos digitais, reconfigurando as políticas de visibilidade em relação aos sujeitos trans.
This article presents a media content analysis of the text sand contexts which makeup Conchita Wurst’s performance at the Eurovision Song Contest 2014.
Based on Harry Pross’s Media Theory, as discussed by Baitello (2010), the study’s main intention is to reflect on the elements founded in the gender relations which makeup the media’s construction of Conchita’s performance.
On the basis of audiovisual analysis of videos about the performance which considered the corporealities, support sand technological apparatus for trans- mitting content, we found that having reframed the feminine and the mascu- line the types of media involved in the performance begin to deeply question the dominant ideology in relation to gender identities, turning them, in their ambiguity, into a political discourse on difference. Furthermore, Conchita Wurst’s performance provides evidence that transgenderism is capable of being inserted into not only traditional mediums of communication, such as television, but also into digital ones, reconfiguring the politics of visibility in regards to trans individuals.
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