Verifica-se, no presente artigo, as investigações acerca das transgressões performáticas de Ney Matogrosso, no contexto da ditadura civil militar brasileira. Desta feita, percebe-se a exibição de sujeitos (tipos/arquétipos) marginais, nos procedimentos performáticos (fonograma, capa, encarte, espetáculo), que configuraram sentido a obra do artista durante as décadas 1970 e 1980. O artista, em suas obras, inverte a ideia regida pela cultura afluente em procedimentos compostos por materiais audiovisuais, oportunizados e difundido em uma indústria cultural, o que garante, historicamente, a materialidade da produção do intérprete da Música Popular Brasileiro – o registro da performance. Neste estudo, preconiza a historicidade da estética da subversão em Ney Matogrosso, como uma atitude política frente ao regime de autoritarismo produtor de interdições do potencial erótico.
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