Marcus Bernardes de Oliveira Silveira
O Samba de Roda passou por um processo de patrimonialização nos anos de 2004 e 2005, sendo considerado consecutivamente Patrimônio Imaterial Nacional pelo IPHAN e Patrimônio Oral da Humanidade pela UNESCO. Em função do crescente aumento de políticas públicas no campo cultural, vê-se a intersecção da tradição que deve ser reconhecida e ajudada pelo Estado (representante burocrático da modernidade). Neste ínterim, ocorre um processo de valorização da música (o Samba de Roda) em detrimento dos atores envolvidos no processo. Este artigo, a partir do estudo etnográfico do Samba de Roda na cidade de Conceição do Jacuípe – BA problematiza tanto as dinâmicas de socialização promovidas pelo samba quanto a história da cidade, buscando compreender o processo de construção social da música; apresentando também as relações entre os discursos e práticas de tradição dos grupos pesquisados com a dimensão política do processo de patrimonialização.
© 2001-2024 Fundación Dialnet · Todos los derechos reservados