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O idioma da apostasia judaica na Holanda do século XVII: a Bíblia de Ferrara e a reinvenção da cultura sefardita

  • Autores: Ronaldo Vainfas
  • Localización: Mirabilia: Electronic Journal of Antiquity, Middle & Modern Ages, ISSN-e 1676-5818, Nº. 21, 2015 (Ejemplar dedicado a: Medieval and Early Modern Iberian Peninsula Cultural History)
  • Idioma: portugués
  • Títulos paralelos:
    • The idiom of the Jewish apostasy in seventeenth-century Holland: the Bible of Ferrara and the revival of Sephardic Culture
    • El lenguaje de la apostasía judía en la Holanda del siglo XVII: la Biblia de Ferrara y la reinvención de la cultura sefardí
  • Enlaces
  • Resumen
    • English

      This article presents a study on the conversion of the Portuguese New Christians to Judaism in Amsterdam as well as in Recife under the Dutch rule, during the first half of the seventeenth century. New Christians, which, due to their ambivalent identity amidst the Sephardic Judaism and Catholicism, were defined by the historian Yosef Kaplan as New Jews. Based on processes of the Inquisition of Lisbon against Portuguese Jews caught in Pernambuco´s war, the author analyzes the jewish rites reported by the prisoners, in particular the use of the Castilian language, or its variant, the ladino, in the synagogal daily prayers. The article sustains that this doctrinal method, conceived in the early seventeenth century by the Portuguese Jewry in Amsterdam, was an adaptation of the first translation of the Old Testament into Spanish – the Bible of Ferrara. Composed in the 1550s by the Portuguese Daniel Pinel and by the Spanish Jeronimo Vargas, both Sephardic exiles, in Italy, the ferraresca bible proves the decisive role of the traditional Sephardic culture, restored in the Mediterranean Diaspora – as the case of Ferrara shows – for the Iberian Judaism reconstruction in the Netherlands.

    • português

      Este artigo apresenta um estudo sobre a conversão dos cristãos-novos portugueses ao judaísmo em Amesterdã, bem como no Recife sob o domínio holandês, durante a primeira metade do século XVII. Cristãos-novos, que, devido à sua identidade ambivalente entre o judaísmo e o catolicismo sefardita, foram definidos pelo historiador Yosef Kaplan como Judeus novos. Com base em processos da Inquisição de Lisboa contra judeus portugueses capturados na guerra de Pernambuco, o autor analisa os ritos judaicos relatados pelos prisioneiros, em particular o uso da língua castelhana, ou sua variante, o ladino, nas orações diárias sinagogais. O artigo sustenta que este método doutrinário, concebido no início do século XVII pelo judaísmo português em Amsterdã, foi uma adaptação da primeira tradução do Antigo Testamento para o espanhol – a Bíblia de Ferrara. Composta na década de 1550 pelo português Daniel Pinel e pelo espanhol Jeronimo Vargas, ambos exilados sefarditas na Itália, a bíblia ferraresca comprova o papel decisivo da cultura sefardita tradicional, restaurada na diáspora mediterrânica – como mostra o caso de Ferrara – para a reconstrução do judaísmo ibérico na Holanda.


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