Tendo como foco o Brasil Meridional, o texto se propõe a pensar sua população a partir de algumas generalizações conhecidas e de modelos amplamente aceitos pela historiografia, pelo menos nas suas formas estruturais. A experimentação de suas coerências realiza-se em especial no terceiro quartel do século xix, quando se colocam em primeiro plano personagens imigrantes: até que ponto a consistência dos modelos se mantém, ao introduzirmos nas suas engrenagens o elemento complexo dos contatos culturais resultantes das imigrações? Essa questão permite aventar hipóteses a respeito da articulação entre a estrutura da família construída pelos estrangeiros e descendentes e a própria estrutura mais ampla das relações sociais, numa dialética de mudanças que passam do “antigo” para o “moderno”. Questão que perpassa os comportamentos reprodutivos dos casais imigrantes que colocam algo a explicar e a compreender.
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