Claudio Vinicius Felix Medeiros
O artigo investiga como, ao longo do séc. XIX, pôde se constituir uma “medicina social” no Rio de Janeiro, assumindo-se como um “dispositivo de saber-poder”, e procurando refletir e modificar o meio histórico-natural com fins a investir na realidade biopolítica de uma população. Analisaremos, em seguida, as condições que possibilitaram a este dispositivo médico-higienista consagrar a associação habitação coletiva/epidemia no contexto das transformações urbanas operadas no Rio de Janeiro do prefeito Pereira Passos (1902-1906). Para tal, apoiamo-nos metodologicamente nos trabalhos genealógicos de Michel Foucault: tanto no que tange à convergência da filosofia e da história no itinerário de seu pensamento; quanto no princípio de imanência entre produção da verdade e mecanismos de poder.
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