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O processo de omissão na construção da narrativa no filme documentário: análise de um estudo de caso

  • Carlos Ruiz Carmona [1] ; Jorge Campos [1] (dir.) ; Yolanda Espiña [1] (dir.)
    1. [1] Universidade Católica Portuguesa

      Universidade Católica Portuguesa

      Socorro, Portugal

  • Localización: DOC On-line: Revista Digital de Cinema Documentário, ISSN-e 1646-477X, Nº. 12, 2012, págs. 264-265
  • Idioma: portugués
  • Enlaces
  • Resumen
    • Esta tese apresenta uma pesquisa original no que respeita à representação do evento e a construção narrativa no filme documentário. A tese incorpora pesquisa bibliográfica selecionada e um estudo de caso de um documentário filmado e editado por mim. O objetivo principal tem sido a investigação do processo de construção da narrativa do ponto de vista de quem representa o evento, o cineasta: o único indivíduo que tem acesso a todas as decisões e justificações envolvidas na construção da narrativa. O foco da pesquisa encontra-se no conceito de "omissão" como um aspecto fundamental para representar o mundo histórico no filme documentário.

      Omissão refere-se ao processo de remoção de informação visual ou sonora durante o ato de filmar e durante a construção narrativa com o objectivo de representar um evento. O estudo de caso apresenta uma análise aprofundada sobre a construção de duas hipóteses narrativas de um filme-documentário, expressamente criadas para realizar uma análise comparativa entre as duas versões, sob o ponto de vista do cineasta, utilizando uma metodologia emergente da própria investigação. Esta investigação unicamente foi possível de realizar a partir do ponto de vista do realizador. Isto implica ter acesso completo à matéria-prima e a todas as decisões que envolvem a construção de uma narrativa para representar o evento em acordo com as intenções do cineasta. A investigação tem demonstrado que as narrativas documentais, independentemente do modo ou estratégia usada pelo cineasta, quando representam o mundo histórico, ao contrário da ficção, emergem do processo de omissão. Este processo consiste em organizar a experiência do evento do cineasta na forma de uma narrativa. Durante o ato de filmar, o documentarista implementa omissão total e parcial, simultaneamente, do evento histórico. Isso incorpora a aquisição de imagens e sons que oferecem uma relação indexical com existência passada do evento. Durante o ato de construção narrativa, os cineastas implementam omissão parcial e total da matéria-prima. Posteriormente, organizam a matéria-prima, não omitida, em uma estrutura específica para representar o evento. A pesquisa concluiu que representar um evento no documentário, consiste em organizar, através de omissão parcial e total, uma fonte ilimitada não organizada de informações sobre o evento histórico, num volume organizado e limitado de imagens e sons - uma narrativa audiovisual que representa uma experiência pessoal. O conceito de omissão parcial e total ilustra as restrições técnicas e possibilidades criativas que o cinema oferece ao realizador para representar o mundo que habitamos. Assim, o conceito de omissão revela-se no documentário como um elemento fundamental de representação do evento histórico, uma estratégia necessária para entender, organizar e comunicar a experiência do realizador através de formas narrativas.


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