Ayuda
Ir al contenido

Dialnet


Ensaio, montagem e arqueologia crítica das imagens: um olhar à série História(s) do cinema, de Jean-Luc Godard

  • Autores: Gabriela Machado Ramos de Almeida, Miriam de Souza Rossini (dir.)
  • Localización: DOC On-line: Revista Digital de Cinema Documentário, ISSN-e 1646-477X, Nº. 19, 2016, págs. 363-364
  • Idioma: portugués
  • Enlaces
  • Resumen
    • A tese apresenta uma reflexão sobre o ensaísmo no cinema, a partir de um olhar à série História(s) do cinema, produzida pelo cineasta franco-suiço Jean-Luc Godard entre os anos de 1988 e 1998, e exibida pela emissora de TV francesa Canal+. A inquietação que origina a pesquisa é a necessidade de melhor compreender o que significa um exercício de pensamento audiovisual, tão atribuído às obras fílmicas de teor ensaístico e à própria série de Godard – e ao mesmo tempo tão pouco problematizado. Esta preocupação norteou a elaboração das duas questões centrais em torno das quais a investigação orbita e que ao mesmo tempo busca responder: como se constitui um pensamento por e com imagens? E que saberes a respeito do mundo histórico são engendrados pela escritura ensaística no cinema, no caso de uma obra como História(s) do cinema? O trabalho aposta num cruzamento entre os campos da Comunicação e das Artes e se insere num nicho de estudos ainda em construção no seio da pesquisa em cinema, que floresceu especialmente nas últimas duas décadas, e vem se dedicando aos produtos audiovisuais que fogem às convenções de gê- nero mais marcadas (entre os quais os ensaios fílmicos). A estrutura da tese é composta por três partes: 1) Cinema, uma forma que pensa; 2) Montagem, essa bela inquietação e 3) Nem arte, nem técnica: um mistério. A primeira é dedicada à apresentação do conceito de ensaio fílmico e à discussão sobre a sua conflituosa relação com o método, a partir de escritos recentes de autores como Josep Maria Català (2014a, 2014b, 2014c) e Antonio Weinrichter (2007, 2009), bem como de textos das teorias do cinema em que foi identificado um devir-ensaio, como em Hans Richter (1940) e Alexandre Astruc (1948). Na segunda parte, é discutida a noção de pensamento visual, partindo principalmente das contribuições teóricas de Didi-Huberman (2011, 2013) ao estudo das imagens e de algumas experiências de saber visual mapeadas e trazidas àtona, que funcionam como uma espécie de prelúdio à análise de Histórias(s) do cinema. São elas o Atlas Mnmemosyne de Aby Warburg, o museu imaginário de André Malraux e o trabalho de curadoria de Henri Langlois junto à Cinemateca Francesa. Na terceira parte, a série História(s) do cinema é analisada à luz do conceitos de gesto, em Giorgio Agamben (2008, 2012) – des- dobrado em duas categorias: gesto arqueológico e gesto apropriativo –, e de visibilidade e legibilidade, em Didi-Huberman (2010, 2012, 2013), buscando identificar como se manifesta um exercício de pensamento audiovisual e como Godard pratica uma espécie de arqueologia crítica das imagens em sua obra.

      No entendimento a que se chegou com a pesquisa, o ensaio fílmico se baseia na exploração crítica do dispositivo e num pensamento por montagem, ambos traços constituintes de História(s) do cinema .


Fundación Dialnet

Dialnet Plus

  • Más información sobre Dialnet Plus

Opciones de compartir

Opciones de entorno