Vera Lucia Mendes Trabbold, Regina Célia Lima Caleiro, Cristiane de Freitas Cunha, Andréa Máris Campo Guerra
Trata-se de uma pesquisa de campo de abordagem qualitativa objetivando compreender as práticas discursivas dos profissionais de saúde sobre violência sexual contra crianças e adolescentes. Foram entrevistados dez profissionais (médicos, enfermeiros, agentes comunitários e coordenador do programa) que compõem três equipes da Estratégia de Saúde da Família (ESF) da cidade de Montes Claros, MG, Brasil. A abordagem discursiva para análise dos dados foi fundamentada em Michel Foucault, bem como em autores ligados ao campo da Saúde Coletiva. Os resultados indicam que dentre os vários fatores propiciam e/ou mantêm a violência sexual na forma de exploração comercial sexual de adolescentes estão a desigualdade econômica e social, aliada à desigualdade de gênero, pouco reconhecida pelos profissionais. A omissão/negação da questão se evidencia pela ausência de notificação obrigatória; inexistência de trabalhos preventivos na área; ações pontuais inadequadas às necessidades da adolescência, preconceito e falta de referência de uma rede de cuidados intersetoriais. Palavras-chave: violência sexual; adolescentes; profissionais da saúde; estratégia saúde da família.
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