Objetivo: avaliar a adesão das mulheres ao exame de Prevenção do Câncer de Colo Uterino (PCCU), às suas dificuldades e o seu conhecimento. Método: Estudo transversal realizado por meio de entrevista as mulheres cadastradas em uma Estratégia de Saúde da Família (ESF), Ananindeua-Pará. Resultados: A maioria das mulheres estava entre as faixas de 20-39 anos (72,6%), possuía baixa renda e baixa escolaridade. Relataram realizar o exame anualmente (64,0%) e a cada dois anos (17,0%), sendo que 14,0% delas nunca realizaram. Das participantes que nunca realizaram o exame, a faixa etária de 20-29 foi a mais prevalente (73,3%) (p<0,05). Verificou-se que as mulheres já tinham ouvido falar a respeito da doença (97,1%) e consideravam o câncer como uma ferida que pode levar a morte (81,4%). Observou-se uma relação significativa entre o conhecimento acerca do câncer do colo do útero (ouviu falar, conceito, como é conhecido, periodicidade, detecção tardia), início da vida sexual, uso de preservativo, uso de anticoncepcional e doença sexualmente transmissível com realização do exame (p<0,05). Foi relatada a vergonha como maior dificuldade (25,5%), seguido por descuido (22,5%) e falta de tempo (12,5%). As mulheres que realizaram o exame avaliaram como “Bom” o programa de PCCU da ESF. Conclusão: As mulheres apresentaram boa adesão ao exame do PCCU, referiram a vergonha como principal dificuldade e demonstraram ter noção sobre o assunto.
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