Brasil
Introdução: a utilização de espaços de ensino-aprendizagem que aproximem o estudante dos espaços sociais extra-muros é capaz de propiciar a construção de pensamento crítico e reflexivo sobre a realidade que o cerca, sobretudo no que diz respeito à valorização de culturas diversas na construção de um ambiente saudável. A cultura indígena, muito desvalorizada diante do conhecimento biomédico, carece, porém, de estratégias de valorização nos cursos de saúde. Metodologia: Trata-se de estudo retrospectivo qualitativo realizado através de anotações em “diário de bordo” de estudantes que participaram de rodas de rodas de conversa com população indígena e profissionais de saúde em Casa do Índio de uma capital brasileira. Conclusão: O nítido distanciamento entre a cultura indígena e a desvalorização de seus saberes perante o conhecimento científico refletem a forma dominante de entender as relações saúde-doença de maneira estritamente biológica. Com efeito, a experiência foi capaz de propiciar espaços de problematização da realidade indígena, sua assistência em saúde e as relações culturais que se impõe sobre suas formas tradicionais de cuidado.
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