O presente estudo teve como objetivo compreender o processo de construção da identidade de um alcoolista, como também, a importância dos Alcoólicos Anônimos (AA) para a reintegração dos dependentes em seu meio social. Para tanto, fez-se necessário trilhar um caminho metodológico de natureza qualitativa, onde se utilizou a entrevista semiestruturada e a observação participante em um grupo de AA, como meios de apuração. Pôde-se apreender que os participantes acreditam na importância do programa como meio terapêutico na ajuda para deixar o uso do álcool, através do grupo puderam ter uma nova compreensão sobre a sobriedade. Já no que se refere à identidade social, os entrevistados mostraram-se incomodados, pois os alcoolistas são vistos como fracos, descontrolados, motivo de riso dos outros, desocupados e até vagabundos. Era sempre esclarecido em meio às reuniões que os alcoolistas eram doentes e não marginais. Precisam de um tratamento apropriado e uma força de vontade de mudar enorme. Por fim, para os sujeitos entrevistados sair daquela posição estigmatizada, marginalizada era muito mais que ser aceitos socialmente, era também uma questão de saúde.
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