Dentre as escolas de pensamento situadas no campo de estudo denominado Filosofia Política e Social, a Teoria Crítica recebe um lugar de destaque. Originária da Alemanha, buscava estudar os efeitos sociopolíticos do capitalismo a partir de um referencial marxista, utilizando uma metodologia multidisciplinar que abrangia Filosofia, Psicanálise, Ciências Sociais, Direito entre outras áreas de conhecimento. Longeva, a tradição inaugurada em Frankfurt no limite entre 1929 e 1930 por Theodor Adorno e Max Horkheimer, vive atualmente a sua terceira geração, sendo representada principalmente por Axel Honneth. Ainda que os referenciais teóricos dos seus integrantes fossem heterogêneos, passando de Karl Marx por Sigmund Freud e G.W.F. Hegel, uma categoria de estudo perpassou as três gerações, recebendo tônicas diferenciadas quanto ao seu diagnóstico: as patologias sociais. No presente artigo, pretende-se analisar de que forma Axel Honneth articula esse tópico dentro do seu corpus teórico. Para tanto, procederemos nossa investigação partindo inicialmente do conceito de desrespeito, fundamental para entendermos o alicerce conceitual empregado pelo filósofo; em seguida, nos concentraremos propriamente nas patologias sociais, analisando sobretudo a ideologia, a reificação e os paradoxos de individualização, enfermidades trabalhadas pelo autor; finalmente, encerramos este trabalho com um estudo do sentimento de injustiça e com a conclusão se Honneth oferece ou não uma solução prescritiva quanto as patologias sociais.
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