Glauciana Alves Teles, Zenilde Baima Amora
Com o aprofundamento das relações capitalistas e sua apreensão, sobretudo na esfera da circulação, as áreas portuárias merecem destaque em virtude da dinâmica que assumem na economia mundial. São nessas áreas onde se realiza a integração da economia mundo por meio das trocas que se estabelece entre portos. Nos países de industrialização recente, os portos tem ganhado cada vez mais expressão associados às áreas industriais próximas que abrigam plantas industriais dependentes do porto, a exemplo das siderurgias e petroquímicas. Essa relação, entretanto, já é bastante antiga em países europeus cujo processo de industrialização teve seu marco no século XVII No Brasil, a expressão “complexo industrial e portuário” ganhou destaque somente no século XX, quando as áreas portuárias passam a ter relações com as indústrias de base assentada em suas proximidades, mantendo com esta uma relação de dependência. No Ceará, o Complexo Industrial e Portuário do Pecém vem ganhando destaque no contexto recente de industrialização deste Estado com a implantação e funcionamento de indústrias que estão na dependência do porto, a exemplo da Companhia Siderúrgica do Pecém – CSP e as termelétricas do grupo Eneva. Desse modo indaga-se: qual o papel do CIPP no processo de industrialização recente e produção do espaço no Ceará e do Brasil? Que novos elementos o CIPP insere aos conteúdos da produção do espaço cearense e metropolitano? O objetivo geral desse artigo foi estabelecer um breve histórico sobre a gênese do CIPP no contexto recente das políticas públicas e investimentos privados relacionados à atividade industrial e seus os desdobramentos na produção do espaço cearense e metropolitano.
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