Lília Momplé has a special place into the Mozambican literature, especially when we think about her three published books: Ninguém matou Suhura [Nobody has killed Suhura] (short-stories, 1988), Neighbours (novel, 1996) and Os olhos da cobra verde [The eyes of the green snake] (short-stories, 1997). Lília Momplé rescues the dilemmas of nationality when it comes to the subaltern characters’ experience. This fact restructures the comprehension that we have of Mozambican postcolonial condition. Despite the importance of her name, Lília Momplé is rarely mentioned in the Lusophone African Literatures’ Studies written by Brazilian critics. To understand this absence is to understand the obstacles in the pathway that separates Brazilian readers from Lusophone African Literatures and especially from the Mozambican literature: the circulation of books and the editorial market’s logic in times marked by resides of colonialist cultural politics.
Lília Momplé destaca-se no cenário da literatura moçambicana por seus três livros: Ninguém matou Suhura (contos, 1988), Neighbours (romance, 1996) e Os olhos da cobra verde (contos, 1997). Lília Momplé, através de suas narrativas, resgata os dilemas da constituição da nacionalidade através das experiências de personagens relegados à margem. Este fato redimensiona a compreensão da realidade pós-colonial moçambicana. Apesar de sua importância, o nome desta escritora raramente é mencionado nos estudos brasileiros sobre as literaturas africanas de língua portuguesa. Por que esta ausência? Compreender esta ausência é compreender muito do que está atravancado no meio do longo caminho que separa o público leitor brasileiro das literaturas africanas de língua portuguesa, e em especial, da literatura moçambicana: a circulação de livros e a lógica do mercado editorial em tempos marcados pelos resíduos das políticas culturais colonialistas.
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