Partindo de Arado, publicado em 2009, esta reflexão pretende considerar a obra poética de A. M. Pires Cabral à luz da Ecocrítica. Nesse sentido, começa-se por referir as paisagens que são pertença do poeta e o modo como elas, fazendo-se texto, são o próprio poeta. Apresenta-se depois a leitura de alguns poemas tendo como moldura crítica a ideia, explorada pela ecocrítica, de que a linguagem pode exercer um forte domínio sobre o modo como se lê e interpreta o território, a paisagem. Sensível às ligações entre o homem e o espaço físico que habita, a ecocrítica permite salientar uma perspectiva importantíssima na obra de Pires Cabral: o reconhecimento de que o homem molda o mundo que o envolve, mas, nessa mudança, a si mesmo se transforma também.
Based on Plough, published in 2009, this reflection aims to consider the poetry of A.M. Pires Cabral through the lens of ecocriticism. In this sense, the text begins by noting the various landscapes that are part of the poet’s life and art and how they, transformed into language, become the poet himself. Subsequently, some of poems are read according to the critical frame of ecocriticism and the conviction that language can have a strong grasp on how one reads and interprets the land and the landscape. Sensitive to the connections between man and the physical space he inhabits, ecocriticism reinforces an important perspective on Cabral’s poetry: the recognition that human culture affects the physical world and is affected by it.
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