Socorro, Portugal
Este artigo procura compreender, através do trabalho artístico de Gonçalo Mabunda, como o Núcleo de Arte de Maputo leva a cabo uma «reciclagem» e reprodução dos ícones de guerra, de forma a criar toda uma produção identitária baseada na memória histórica. Debruço-me sobre a forma como as esculturas podem abrir espaço a um lugar de memória liminar que permite a negociação de significados e mnemónicas associadas à Guerra Civil, espelhando contra-memórias coadas pela experiência pessoal do artista. Analisa-se a capacidade expressiva e simbólica da linguagem escultórico-performativa enquanto comunicadora de significados sociais e políticos, e como forma de mise-èn-scene do «drama social».
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