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Resumen de A ciência e os riscos ambientais vinculados ao sistema agroalimentar moderno

Elaine de Azevedo

  • English

    The objective of this conceptual study is to compile some discussions which involve science and the risks linked to the agrifood system which emerged in the 1990s and continue to promote fertile sociological debates, as new risks continue to appear. To attain this objective, we mobilized authors from the area of environmental sociology and the constructive approach to risk, as well as references to various food risks. Legitimization of these risks, which is the result of a complex and heterogeneous process of definition, negotiation, and legitimization in public and private arenas, involves different actors. Nevertheless, in this study science will be explored as the central actor, due to its large influence on decisions and on public policy for risks related to the modern agrifood supply, and also due to its role in legitimizing these risks. The study shows that evaluation of food risks is complex and multifaceted, and its interpretation and construction are contestable and frequently partisan, as the various groups involved use the language of science to defend their own interests. To minimize such problems, we suggest interdisciplinary and trans-disciplinary studies to expand the reductionist vision which prevails in studies of food risks, as well as new relationships between the scientific and social rationales and the adoption of a situational approach for these concerns. We also stress the need for local studies that address the sociological arena of food risks and the role of the different actors therein, which underlie activities to control food risks, perfect consumer markets, and stimulate agri-food systems which are concerned with food and nutritional security.

  • português

    O objetivo deste estudo conceitual é compilar algumas discussões que envolvem a ciência e os riscos vinculados ao sistema agroalimentar que emergiram já na década de 1990 e continuam a promover férteis discussões sociológicas uma vez que novos riscos continuam a aparecer. Para cumprir tal objetivo, foram mobilizados autores da Sociologia Ambiental e da abordagem construtivista dos riscos, além de referências de diversos riscos alimentares. A legitimação desses riscos, resultado de um complexo e heterogêneo processo de definição, negociação e legitimação em arenas públicas e privadas, envolve diferentes atores. Entretanto, neste artigo, a ciência será explorada como ator central, devido a sua grande influência sobre as decisões e sobre as políticas públicas de riscos ambientais ligadas ao sistema agroalimentar moderno e ao seu papel frente à legitimação dos mesmos. O estudo mostra que a avaliação dos riscos alimentares é complexa e multifacetada, e sua interpretação e construção são contestáveis e frequentemente partidárias, uma vez que os vários grupos envolvidos usam a linguagem da ciência para defender seus interesses. Para minimizar tais problemas, sugerem-se pesquisas de caráter inter e transdisciplinar para ampliar a visão reducionista que impera nos estudos de riscos alimentares, bem como novas relações entre as racionalidades científica e social, e a adoção de uma abordagem situacional para essas preocupações. Destacam-se a necessidade de estudos locais que se debrucem sobre a arena sociológica de riscos alimentares e o papel dos seus diferentes atores que permitam embasar ações de controle de riscos alimentares, aperfeiçoar mercados consumidores e estimular sistemas agroalimentares preocupados com a segurança alimentar e nutricional.


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