Amanda Florentina do Nascimento, Luciano Freitas Felício, Sheila Silva Rodrigues, Maria Martha Bernardi
Processos inflamatórios no período pré e pós-natal estariam envolvidos com expressões de comportamentos em animais de laboratório e, em humanos, com doenças psiquiátricas. Neste sentido, já se mostrou também que doenças psiquiátricas são dependentes do gênero. O lipopolissacarídeo (LPS) é uma endotoxina bacteriana empregada como ativador do sistema imune. A administração em período precoce da vida de ratos promove alterações quando desafiados na idade adulta com a mesma endotoxina. No sentido de investigar estas diferenças, este trabalho examinou diferenças sexuais em ratos cujo sistema imune foi ativado no quinto dia pós-natal (PND5) por LPS. Assim, ratos machos e fêmeas receberam no PND5 50 μg/kg de LPS i.p. ou o seu veículo e na idade adulta, fêmeas e machos tratados ou não pós-natalmente com LPS, receberam 100 μg/kg de LPS i.p e foram observados o peso e a atividade geral em campo aberto. Os resultados mostraram que: 1) Na infância o tratamento com LPS não modificou o peso corporal e a atividade geral dos animais; 2) Na idade adulta observou-se aumento da frequência de locomoção e levantar nas ratas tratadas pós-natalmente com LPS em relação aos animais machos do mesmo grupo. Conclui-se, portanto que fêmeas expostas pós-natalmente com LPS apresentam maior tolerância a uma segunda dose de LPS na idade adulta com relação aos animais machos que receberam o mesmo tratamento.
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