Carlos Antonio dos Santos Segundo, Francisco Elinaldo Teixeira (dir.)
Durante toda a sua história, a forma de elaboração estética do documentário foi modelada e remodelada constantemente. Em diferentes momentos desse percurso, o sujeito do mundo se viu imerso, distintamente, nesse processo, desde uma aparição modesta – como pano de fundo da paisagem – até uma presença mais efetiva na condução explícita da narrativa cinematográfica.
Atualmente, as diversas formas de o diretor relacionar-se com o sujeito revelam variados modos e agenciamentos que refletem a potência do documentário contemporâneo. Em um fluxo constante, o diretor joga, mistura-se, fabula e também se apropria desse sujeito em cena. Como foco principal, é justamente essa relação de apropriação do sujeito, percebida em documentários mais recentes, que a pesquisa pretende dar relevo. Para isso, de forma arqueológica propomos um mergulho teórico e analítico para compreender e explicitar as diferentes relações que emergiram entre o diretor e o sujeito do mundo no processo documental. Destarte, esta pesquisa torna seu olhar para o delicado encontro entre o diretor e o sujeito/personagem – ainda pouco explorado nos estudos desse domínio.
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