O presente artigo trata da interpretação de uma disputa acerca da definição do conceito de historiografia no Brasil. Dito de forma mais clara, o objetivo principal é analisar as prescrições formuladas por Nilo Odália (1929-2004) e José Roberto do Amaral Lapa (1929-2000), dois professores universitários, que se dedicaram a definir, nas décadas de 1970 e 1980, perspectivas de estudo para a historiografia brasileira. Ambos enfatizaram a importância da historiografia como parte da disciplina histórica, Amaral Lapa almejava vê-la como uma área de especialização que figurasse em suas tabelas e quadros ao lado da História Política, Social, Econômica e Cultural, ao passo que Odália projetava “pensar o fato historiográfico” valendo-se de uma reflexão epistemológica. As fontes privilegiadas nesse estudo são as trocas epistolares que compõem o Arquivo Pessoal Nilo Odália, doado em 2012 ao Cedap (Centro de Documentação e Apoio à Pesquisa) da Unesp (Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”) – Campus de Assis.
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