Neste artigo busca-se refletir sobre a comunicação do patrimônio no contexto da sustentabilidade cultural dos centros históricos de Coimbra (Portugal) e de João Pessoa (Brasil). Essas cidades como inúmeras outras ao redor do mundo, buscam consolidar a valorização do seu patrimônio urbano ao submetê-lo a diferentes tipos e níveis de intervenção. Procurou-se problematizar o papel da comunicação nos centros históricos, em fazer o público desco- brir e apreciar o que ainda permitem ver do que não foi destruído pelo tempo ou pelos homens. Mais especificamente, em que me- dida ela ganha novos contornos nos discursos dos atores institucionais gestores dos recursos patrimoniais ativados, com base no entendimento de que para além de preservar é preciso que o objeto patrimonial seja transmitido. A análise de conteúdo e a entrevista em profundidade foram as técnicas de investigação utilizadas, buscando compreender e explicar certas especificida- des da abordagem comunicacional da patrimonialização. Tais procedimentos foram construídos a partir de uma investigação em fase de conclusão. Observou-se que para uma melhor com- preensão da comunicação desenvolvida nos centros históricos, vem sendo preciso considerar que o público se tornou o coração do processo de patrimonialização.
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