O estado do Rio Grande do Sul é a unidade federada mais meridional do Brasil e possui uma representação na formação social brasileira que inclui a condição subtropical e por apresentar sinais que aproximam dos países platinos ou de algumas características europeias com ênfase na hegemonia do passado rural cujo centro era a grande propriedade pastoril. As teses estão baseadas em um determinismo (a localização em relação às faixas climáticas do Planeta) e no falseamento da História (na Revolução Farroupilha os líderes insurgentes se declararam brasileiros e negaram o recebimento do auxílio dos platinos para a luta contra o Império; Portugal é um país europeu como a Alemanha e a Itália e com a expulsão no século XIX de uma parte das suas populações colaboraram para a formação de algumas das áreas de pequena produção mercantil). Ambas, ignoram a condição de uma economia estadual integrada a nação, com forte presença industrial, assentada na urbanização com dinâmico setor terciário e submetida a lógica da hegemonia financeira. O texto analisa algumas das transformações recentes na economia e no território rio-grandense em suas combinações contraditórias com as dinâmicas nacionais considerando o desempenho no conjunto das unidades federadas, das empresas e os resultados na geração de empregos formais.
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