Nilsa Hoffmann Padua, Eduardo Shimoda, Paula de Sousa Barbosa, Geraldo Pereira Junior
O objetivo deste trabalho foi verificar a viabilidade da conservação do sêmen da carpa comum, variedade ornamental, sob resfriamento a 4 ºC. Foram utilizados oito peixes, vertendo sêmen mediante massagem abdominal. Após a aplicação de extrato bruto de hipófise de carpa, as amostras seminais foram extrusadas, sendo descartadas as contaminadas com sangue, fezes e/ou urina e as que apresentaram motilidade inferior a 80%. Cada amostra foi dividida em dois tubos de ensaio, sendo um deles mantido em temperatura ambiente (25 ± 3 ºC) e o outro mantido sob resfriamento (4 ± 2 °C). Para análise da motilidade direta subjetiva, o sêmen foi pré-diluído misturando-se 1 gota de sêmen + 4 gotas de solução aquosa não ativadora de NaCl a 2%. A ativação dos espermatozóides foi efetuada mediante adição de 4 gotas de água destilada a uma gota da mistura, já ao microscópio pré-focalizado. As análises de motilidade, tanto do sêmen mantido à temperatura ambiente quanto do conservado sob resfriamento, foram realizadas a cada 1 hora. A motilidade do sêmen (Ŷ) foi reduzindo-se, em função do tempo mantido à temperatura ambiente (X), segundo a equação: Ŷ= 93,2 – 13,0.X (P<0,01; R² ajustado = 81,7%). O sêmen resfriado apresentou motilidade constante num platô de 91,5% de motilidade por 4,4 horas, após o qual a motilidade (Ŷ) caiu conforme transcorria o tempo sob resfriamento (X), de acordo com a equação: Ŷ = + 130,9 - 8,60.X (P<0,01; R² ajustado = 79,7%). Concluiu-se que o sêmen mantido sob resfriamento pode ser utilizado por até 11,7 horas.
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