En este trabajo se analiza el papel de las técnicas de reproducción asistida (TRA) en la configuración de maternidades subversivas del sistema patriarcal y de la institución de la maternidad. El interés de este trabajo reside en dar cuenta de las diferentes estrategias que siguen y los obstáculos que enfrentan las mujeres a la hora de formar familias monomarentales o en pareja lesbiana y analizar en qué medida los usos que éstas puedan hacer de las TRA son subversivos o, por el contrario, refuerzan la institución de la maternidad y el poder patriarcal. Para ello, se ha realizado una revisión bibliográfica del tema, así como se han recogido una serie de testimonios orales de mujeres que han utilizado las TRA mediante entrevistas semiestructuradas. De este modo, ha sido posible entrever la tensión dialéctica entre los guiones de género y los valores patriarcales opresivos que son parte constitutiva de estas técnicas, y la capacidad de agencia de las mujeres para crear maternidades vividas, nuevos modelos, que subviertan la institución de la maternidad.
This paper analyzes the role of Assisted Reproduction Technologies (ART) in the configuration of motherhoods subversive to the patriarchal systems and the institution of motherhood. The aim of this paper is to focus on the different strategies and obstacles women have to overcome when they intend to raise a single-mother family or with a lesbian partner, and to analyze to what extent the use of ART is subversive, or, on the contrary, reinforces the institution of motherhood and the patriarchal power. For that purpose, we have revised bibliography on the theme, and, through semi-structured interviews, gathered a series of testimonies from women who have used ART. Thus, it has been possible to perceive the dialectical tension between gender scripts and oppressive patriarchal values as a constituent part of these techniques; and also women’s agency to create vivid motherhoods and new models capable of subverting the institution of motherhood.
Neste trabalho é analisado o papel das técnicas de reprodução assistida (TRA) na configuração de maternidades subversivas do sistema patriarcal e instituição da maternidade. O interesse deste trabalho é tratar das diferentes estratégias aplicadas e dos obstáculos enfrentados pelas mulheres no momento de formar famílias monomarentais ou casais lésbicos, e analisar em que medida os usos que estas podem fazer das TRA são subversivos ou, pelo contrário, reforçam a instituição da maternidade e o poder patriarcal. Para tal, foi feita uma revisão bibliográfica do tema, como também foram coletados depoimentos orais de mulheres que utilizaram as TRA, mediante entrevistas semiestruturadas. Assim, foi possível entrever a tensão dialética entre os roteiros de gênero e os valores patriarcais opressivos que fazem parte destas técnicas, e a capacidade de agenciamento das mulheres para criar maternidades vividas, novos modelos, que subvertam a instituição da maternidade.
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