The theoretical work of Jacques Fontanille is marked by themes of interest to the field of semiotics,which have not yet been fully resolved, such as sensitivity, perception and the body in the discourse. Focusingon the issue of discourse in semiotics, Fontanille seeks to establish a dialogue between the intelligible and thesensible, trying to understand how the instance of discourse projects a body through the enunciation and howthis projection can be felt, so that the language sets various forms of anchoring of the “talking flesh”. Thesensitive body of the instance of discourse provides the perception of balances and imbalances, continuitiesand discontinuities, euphoria and dysphoria to its intelligible body, which are tensions that arise from thymiccategories in the attempt to amalgamate and project itself in its environment, seeking a solution between theappearance and the appearing of the phenomena. The sensations, always fleeting, are continuously armed bylanguage in different meanings. The instance of discourse, representing the real through language, createseffects that are resolved by sensitivities and intelligibilities, sensitive and intelligible chains caused by focusesand apprehensions of a corporeal talking instance. In this article, we intend to make a short summary of therelationship between body, enunciation and meaning, taking into account some of the theories proposed byJacques Fontanille, such as proprioception, position taking, point of view, positional field, actants, enunciationpraxis and life form.
A obra teórica de Jacques Fontanille é marcada por temas que interessam ao campo da semiótica e ainda não foram totalmente resolvidos, tais como a questão do sensível, da percepção e do corpo no enunciado, que são objetos cada vez mais abordados pelos semioticistas da escola francesa. Focalizando a questão do discurso na semiótica, Fontanille procura estabelecer um diálogo entre o inteligível e o sensível, de modo a tentar compreender como a instância do discurso projeta um corpo através da enunciação e como essa projeção pode ser percebida no enunciado, de modo que a língua estabelece diversas formas de ancoragem da “carne falante”. O corpo sensível fornece ao seu corpo inteligível a percepção de equilíbrios e desequilíbrios, continuidades e descontinuidades, euforias e disforias, que partem de categorias tímicas de se amalgamar ao mundo, e se projetar nele, buscando uma solução entre a aparência e o aparecer dos fenômenos. As sensações, sempre fugidias, são armadas pela linguagem em diferentes sentidos. A instância do discurso, ao representar o real através da linguagem, cria efeitos que são resolvidos por sensibilidades e inteligibilidades, elos sensíveis e inteligíveis, visadas e apreensões de uma instância enunciativa corporal. Nesse artigo, pretende-se fazer um pequeno resumo sobre a relação entre corpo, enunciação e sentido, levando em conta algumas das discussões propostas por Jacques Fontanille, tais como propriocepção, tomada de posição, ponto de vista, campo posicional, actantes, práxis enunciativa e forma de vida.
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