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Philosophie et sémiotique. Cassirer, Merleau-Ponty, Deleuze

  • Autores: Claude Zilberberg
  • Localización: Estudos Semióticos, ISSN-e 1980-4016, Vol. 7, Nº. 2, 2011, págs. 1-7
  • Idioma: francés
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  • Resumen
    • français

      Les textes sont communément rattachés à un auteur précis, mais les emprunts, c’est-à-dire les citations en style direct et les allusions en style indirect, si elles règlent la question de fait, ne règlent pas celle du droit, laquelle relève de la syntaxe extensive, c’est-à-dire de la syntaxe qui procède par tri(s) et mélange(s): de quel droit «mélanger» Cassirer et Hjelmslev? Cassirer et Hjelmslev affirment l’un et l’autre leur attachement à la structure; ils partagent le même horizon, c’est-à-dire l’asymétrie de l’espace structural: asymétrie du sacré et du profane pour Cassirer; asymétrie entre les grandeurs intensives au principe des valeurs d’absolu et les grandeurs extensives au principe des valeurs d’univers. La relation entre Deleuze et Hjelmslev est d’abord terminologique. Hjelmslev fait appel à la tension entre grandeurs intenses pour l’essentiel nominales et grandeurs extenses pour l’essentiel verbales. Deleuze pose à partir du couple [intensité vs. étendue] que l’intensité s’annule en étendue; ce procès reproduit la tension [concentration vs. diffusion] centrale dans La catégorie des cas (Hjelmslev, 1972). La relation de Merleau-Ponty à la linguistique est moins nette et se limite à la seule mention du nom de Saussure. Les thèses directrices de la théorie linguistique ne pouvaient qu’embarrasser le phénoménologue. La linguistique ne vise pas des essences séparées, mais des complexités, des intersections, des nœuds. Les grandeurs sémiotiques sont d’abord solidaires les unes des autres. Enfin les significations sont dans la dépendance de la langue qui les formule. Le contrôle de la langue sur le sens n’est pourtant pas total. La nouveauté ne pouvant pas être imputée à la langue, Merleau-Ponty voit dans le jaillissement de la nouveauté-événement la possibilité de contenir ce contrôle et de restaurer pour le sujet la prérogative qui est la sienne.

    • português

      É costume ligar os textos a um autor em particular, mas, se os empréstimos – citações em estilodireto, alusões em estilo indireto – solucionam a questão de fato, não solucionam a questão de direito, pois estaúltima procede da sintaxe extensiva, a saber, a que opera por triagens e misturas. Com que direito pode alguém“misturar” Cassirer e Hjelmslev? Ambos afirmam seu apego à estrutura, compartilhando um mesmo horizonte, oda assimetria do espaço estrutural. Em Cassirer, assimetria entre o sagrado e o profano; assimetria entre asgrandezas intensivas, subjacentes aos valores de absoluto, e as grandezas extensivas, subjacentes aos valoresde universo. Entre Deleuze e Hjelmslev, a relação é, antes de mais nada, terminológica. Hjelmslev lança mão datensão entre grandezas intensas, basicamente nominais, e grandezas extensas, basicamente verbais. Deleuze, apartir do eixo [intensidade vs. extensão], afirma que a intensidade se anula na extensão; tal processo reproduza tensão [concentração vs. difusão], central na obra La catégorie des cas (1972), de Hjelmslev. Já a relaçãode Merleau-Ponty com a linguística, menos nítida, limita-se à menção do nome de Saussure, sem mais. Asteses condutoras da linguística só podiam, realmente, trazer embaraço para o fenomenólogo. O que a linguísticaapreende não são essências disjuntas, e sim complexidades, interseções, nós. As grandezas linguísticas são, emprimeiro lugar, solidárias umas com as outras. Por fim, as significações estão na dependência da língua que asformula. O controle da língua sobre o sentido, porém, não é total. Uma vez que a novidade não pode ser atribuídaà língua, Merleau-Ponty vê no surgimento da novidade-acontecimento a possibilidade de restringir esse controle,restaurando assim as prerrogativas do sujeito.


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