Ayuda
Ir al contenido

Dialnet


Resumen de Intertextualidade bíblica e escravidão em Machado de Assis (duas crônicas de maio de 1888)

Paulo Sérgio de Proença

  • English

    On May 17th , 1988 during Thanksgiving for the abolition of slaves, a Mass was celebrated in the presence of the Regent Princess and other authorities. In allusion to the event a Machadian chronicle parodies the gospel of the Mass. Just like the first biblical gospel, the parody has its Christ, John the Baptist and the disciples in addition to a parable. Besides the biblical gospels, the chronicle mentions the books Deuteronomy and Ecclesiastes. The author provokes particular effects as he superposes in a parodic way the events and characters of his epoch to the biblical ones, that leads one to ponder about the meaning of the events portrayed in a critic to the politicians and towards the events that resulted in the adoption of the abolition. Machado wrote another famous chronicle, published on May 19 th . 1888 to which biblical allusions were not lacking to celebrate the freeing of the slave Pancrácio. The narrator claims to anticipate the government measures and sets free his slave lad and offers a banquet in order to celebrate the occasion. Biblical images are used to highlight the event — everything aiming at drawing attention to the narrator, who does not conceal his political aspirations; achieving them, nothing better than pretending to follow Christian values and pretending to be good. What is the sense effect of biblical intertextuality in these plays by Machado regarding slavery? That is what we intend to investigate.

  • português

    Em 17 de maio de 1888, em ação de graças pela abolição dos escravos, foi celebrada uma missa, com a presença da Princesa Regente e outras autoridades. Alusiva ao evento, uma crônica machadiana parodia o evangelho da missa. Como o primeiro evangelho bíblico, a paródia tem o seu Cristo, João Batista, discípulos e uma parábola. Além dos evangelhos bíblicos, a crônica menciona os livros Deuteronômio e Eclesiastes. Ao superpor, de forma paródica, eventos e personagens de sua época aos bíblicos, o autor provoca efeitos específicos que fazem refletir sobre o significado dos acontecimentos retratados, numa crítica aos políticos e aos acontecimentos que resultaram na adoção da abolição. Machado escreveu outra famosa crônica, publicada em 19 de maio de 1888, na qual não faltaram alusões bíblicas para celebrar a libertação do escravo Pancrácio. O narrador diz antecipar-se ao poder público e liberta seu molecote escravo, dando, para festejar a ocasião, um banquete. Imagens bíblicas são usadas para dar realce ao evento; tudo com a finalidade de projeção do próprio narrador, que não esconde suas aspirações políticas. Para essa finalidade, nada melhor do que parecer cultivar os valores cristãos e praticar falsa benemerência. Qual o efeito de sentido da intertextualidade bíblica nessas peças de Machado em relação à escravidão? É o que se pretende investigar.


Fundación Dialnet

Dialnet Plus

  • Más información sobre Dialnet Plus