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Resumen de Acontecimento e rotina na figurativização da forma de vida da “adolescente descolada”, presente na revista Atrevida

Amanda Cristina Martins Raiz, Edna Maria Fernandes do Santos Nascimento

  • français

    D’après Greimas (2002), le sens se concrétise par le changement de rythme ou par une oscillation construite dans la linéarité du langage. L’étrange et l’imprévu, considérés comme des événements qui troublent la pratique habituelle d’une vie dans son parcours, entrent ainsi dans le domaine d’études de la sémiotique française. Le sujet a été discuté plus tard par Claude Zilberberg, avec la venue de la sémiotique tensive, pour qui l’appréhension d’un événement se donne dans le survenir. De plus, selon les observations de Greimas, pour la sémiotique, une forme de vie caractérise des manières par lesquelles les individus ressentent et expriment leur compréhension de l’existence à travers des façons de faire, d’être, d’organiser l’espace dans lequel ils vivent, etc. Devant ces présuppositions théoriques, nous analysons le reportage “Eu pego mas não me apego”, publié dans Atrevida, une revue dirigée vers un public féminin dont la tranche d’âge est de 15 à 19 ans, et nous discutons la manière dont l’énonciateur a configuré le simulacre de l’acteur “ado branchée”. Il en ressort que l’énonciateur a utilisé des stratégies verbales et qu’il met ainsi en discours l’idée d’un comportement qui parait transgresseur au niveau de la manifestation, ce que l’on peut caractériser comme un événement. Cependant, on notera la présence de marques textuelles implicites qui rendent possible un discours qui se réfère au comportement féminin traditionnel et qui caractérise une routine.

  • português

    Para Greimas (2002), o sentido se concretiza pela mudança de ritmo ou por uma oscilação construídana linearidade da linguagem. O estranho e o inesperado, ao serem considerados como acontecimentos queestremecem a prática costumeira de uma vida em percurso, adentram, dessa forma, o campo de estudos dasemiótica francesa. O assunto também foi discutido posteriormente por Zilberberg (2006b), com o adventoda semiótica tensiva, que entende que a apreensão de um acontecimento se dá pelo sobrevir. Além disso,segundo as observações de Greimas (2002), para a semiótica, uma forma de vida caracteriza maneiras pelasquais os indivíduos sentem e exprimem sua compreensão de existência por meio de jeitos de fazer, de ser, deorganizar o espaço em que vivem etc. Diante desses pressupostos teóricos, analisamos a matéria “Eu pego,mas não me apego”, presente em Atrevida, revista direcionada ao público feminino cuja faixa etária é de 15a 19 anos, e discutimos o modo como o enunciador configurou o simulacro do ator “adolescente descolada”.Percebemos que o enunciador fez uso de estratégias verbais e, assim, discursiviza a ideia de um comportamentoque, no nível da manifestação, parece transgressor, algo que pode ser caracterizado como um acontecimento.No entanto, notamos a presença de marcas textuais implícitas que viabilizam o resgate de um discurso queronda o imaginário social, sendo que, no nível da imanência, tal discurso se refere ao comportamento femininotradicional e caracteriza uma rotina.


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