Raffaela Andréa Fernandez, Sueli Meira Liebig
Este artigo empreende um estudo comparatista entre a versão brasileira de Diário de Bitita, de Carolina Maria de Jesus e sua tradução para o inglês americano feita por Emanuelle Oliveira e Beth Joan Vinkler, intitulada Bitita’s Diary: the childhood memoires of Carolina Maria de Jesus. As versões analisadas são baseadas na edição original francesa da obra, primeira versão póstuma publicada pela jornalista e editora A. M. Métaillié, que teve acesso aos manuscritos antes da morte de Carolina e os publicou em 1982. O romance só viria a público no Brasil em 1986, quatro anos após essa primeira tirada europeia, quando teve os direitos de edição em língua portuguesa adquiridos pela Editora Nova Fronteira. O nosso intuito neste estudo é observar em que medida a subjetividade das tradutoras da obra para a língua inglesa produziu efeitos de sentido e de que maneira essas possíveis interferências podem vir a afetar o leitor. Procuramos ainda refletir se as modificações realizadas podem incidir sobre os leitores na absorção desses novos sentidos gerados pela retextualização. Para tanto, baseamo-nos nos estudos de Rosemary Arrojo; Jacqueline Authier-Revuz; Rodrigues; Venuti; Neuza Gonçalves Travaglia, Paul Ricoeur e Germana Souza.Palavras-chave: Carolina Maria de Jesus. Tradução. Interferência. Subjetividade.
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